De forma geral, as Regiões Sudeste e Sul concentram os melhores índices, enquanto as piores pontuações são registradas no Norte (em especial na região da Amazônia Legal). Entre as 20 cidades com as piores pontuações no índice de qualidade de vida se destacam Uiramutã (RR), Jacarecanga (PA), Amajari (RR), Bannach (PA) e Alto Alegre (RR).
Como é calculado
A escolha dos 57 indicadores usados no cálculo obedece a critérios como relevância social ou ambiental. Os indicadores são divididos em três dimensões: necessidades humanas básicas, fundamentos do bem-estar e oportunidades. Isso ajuda a explicar, por exemplo, o motivo de cidades mais pobres terem desempenho melhor do que municípios mais ricos. Ainda assim, na média, cidades mais ricas e com maiores facilidades de acesso tiveram melhores desempenhos.
A edição deste ano traz uma atualização importante: foram incluídos cinco novos indicadores: consumo de alimentos ultraprocessados, resposta ao benefício previdenciário, resposta a processos familiares, índice de vulnerabilidade das famílias e famílias em situação de rua. O IPS Brasil é uma parceria entre o Imazon, Fundação Avina, iniciativa Amazônia 2030, Anattá, Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Social Progress Imperative.
Diferentemente de índices econômicos como o PIB (Produto Interno Bruto) e o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o IPS mede diretamente como resultados sociais e ambientais refletem na vida das pessoas.
O IPS permite visualizar desigualdades que não são explicadas apenas por indicadores econômicos. Municípios com PIBs semelhantes apresentam, muitas vezes, desempenhos muito distintos no índice, o que reforça a importância de políticas públicas voltadas ao bem-estar social de forma integrada.
Melissa Wilm, uma das coordenadoras do IPS Brasil
noticia por : UOL