Moradores da Favela do Moinho fizeram um protesto hoje contra o plano de Tarcísio de Freitas para a comunidade, o que inclui a desocupação do terreno. A área está via principal bloqueada por viaturas da polícia militar desde sexta-feira para que caminhões da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo) levem família que toparam a mudança para outros lugares.
Secretário explicou que a presença da polícia foi apenas para garantir a saída de família. “A polícia estava lá para garantir o direito das famílias que querem sair, não para realizar reintegração de posse”.
A favela foi construída a partir de uma ocupação sob o viaduto Engenheiro Orlando Murgel. Era ali que ficava o Moinho Central, uma indústria de processamento de farinha e de rações para animais. A indústria foi desativada no final da década de 1980. Nos primeiros anos, os moradores eram ex-trabalhadores da fábrica.
Terreno é disputado
Terreno é alvo de disputa há anos. Ele foi controlado pela Rede Ferroviária Federal, depois foi a leilão por dívidas da empresa e chegou a empresários, mas que não concluíram a compra, segundo a BBC. Em 2008, a associação de moradores entrou na Justiça para permanecer no terreno por usucapião. Eles garantiram a posse do terreno, mas a ação ainda não foi julgada.
Plano estadual prevê a remoção das mais de mil famílias da comunidade. No lugar, serão criados um parque e uma estação ferroviária. Em nota, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), responsável pelo reassentamento, afirma que o governo busca realocar as famílias “em moradias seguras e dignas”, para, posteriormente, “requalificar a área”.
noticia por : UOL