“A carne putrificada foi maquiada para ser revendida”, disse o delegado a jornalistas. “A fraude começou a ser descoberta a partir do momento que o frigorífico que vendeu a carne comprou parte dessa mesma carne por outros canais. A coincidência ajudou”, acrescentou.
A empresa, segundo a polícia, teria permissão para fazer o reuso de produtos com prazo de validade expirado.
“No Sul, iniciou uma investigação dando conta que um empresário aqui do Rio teria comprado ao menos 800 toneladas de carne bovina, frango, suína e etc para fazer ração. Mas, não fez nada disso. Na verdade revendeu essa carne deteriorada como se fosse carne boa”, disse Vieira.
De acordo com a polícia, boa parte da carga de carne contaminada nem chegou a entrar no Estado do Rio de Janeiro. O material teria sido comercializado direto com empresas, frigoríficos e mercados de outros Estados. “Foram 32 carretas que saíram do Sul e agora buscamos as empresas que compraram e foram lesadas”, disse o delegado.
Os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o território nacional, segundo comunicados das autoridades estaduais.
A Reuters tentou contato com representantes da Tem di Tudo Salvados, sediada em Três Rios (RJ), por telefone, email e redes sociais, mas não obteve retorno de imediato.
noticia por : UOL