Marçal segue os passos de Bolsonaro e está fora das eleições de 2026

Esse não é o único caso pelo qual Marçal pode ficar inelegível em 2026, nem o que causou mais polêmica.

Menos de dois dias antes do primeiro turno, ele tentou manipular a eleição divulgando um laudo falso, com assinatura forjada de um médico, vinculando Boulos ao uso de cocaína. Ele havia espalhado durante a campanha a mentira de que o deputado era dependente químico.

Devido ao bom senso de parte do eleitorado paulistano, ele foi excluído pelas urnas, ficando em terceiro lugar, menos de um ponto atrás de Boulos, que disputou com o prefeito Ricardo Nunes o segundo turno. Ironicamente, o laudo falso pegou mal e pode ter contribuído com a própria derrota. Se não tivesse divulgado a fake grotesca na sua rede, é provável que teria terminado à frente do deputado federal e não 56.853 votos atrás.

Marçal espancou diariamente a democracia enquanto foi candidato. Acusou Tabata Amaral de ser responsável pelo suicídio do próprio pai, Guilherme Boulos de ser usuário de drogas proibidas, José Luís Datena de ser um estuprador e prometeu prender Ricardo Nunes. Além disso, baseou sua campanha num ecossistema ilegal que remunerava quem produzisse material irregular de campanha que o beneficiava.

Quando a Justiça Eleitoral agia para evitar que continuasse atacando a lisura das eleições, ele dava de ombros, encontrava um subterfúgio e atropelava a decisão. A não punição de Pablo Marçal, portanto, significará uma luz verde para que os candidatos nas próximas eleições adotem o mesmo ecossistema.

O mínimo que se espera do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo e do Tribunal Superior Eleitoral é a cassação e a inelegibilidade, conforme já preveem a lei e a jurisprudência.

noticia por : UOL

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