Naquele momento, em 2023, o governo viu uma reação coordenada de diversos países pelo mundo que, diante dos ataques, insistiram em dar seu apoio à democracia brasileira e condenar os atos.
Desde então, porém, com a vitória de Donald Trump nos EUA e uma ofensiva da extrema direita por minimizar esses atos, o temor é de que haja um apagamento do que tais ataques representaram. Nos EUA, o republicano promete agir rápido para perdoar os mais de mil condenados pelos atos contra o Capitólio em 2021. No Brasil, aliados ao bolsonarismo insistem com a ideia de uma anistia.
Para diplomatas estrangeiros, marcar o 8 de janeiro não é apenas uma “obrigação brasileira”. “O mundo acompanhou de perto o que ocorria em Brasília naquele dia. As democracias estão sob ataque”, afirmou um embaixador europeu, que pediu anonimato.
Entre os estrangeiros, não são poucas as comparações feitas diante de um outro convite também feito pelo Planalto, em 2022. Naquele momento, o presidente era Jair Bolsonaro e, ao chegarem ao local, foram surpreendidos por um discurso do ex-chefe de estado disseminando desinformação sobre o processo eleitoral no Brasil.
Durante a campanha eleitoral de 2022, ativistas de direitos humanos, grupos de defesa da democracia e mesmo aliados de Lula percorreram diversas capitais pelo mundo em busca de apoio contra um eventual golpe de estado.
Fundamental ainda foi o alerta dado pelo governo de Joe Biden aos representantes bolsonaristas e aos militares de que a Casa Branca não iria chancelar uma ruptura democrática no Brasil, caso esse fosse o caminho adotado.
noticia por : UOL