Europeus apoiam plano árabe para reconstrução de Gaza: 'Caminho realista'

Após aprovação dos árabes, ministros europeus declararam apoio à proposta. “O plano mostra um caminho realista para a reconstrução de Gaza e promete —se implementado— uma melhoria rápida e sustentável das condições de vida catastróficas para os palestinos que vivem em Gaza”, disseram os ministros da França, Alemanha, Itália e Reino Unido, em declaração conjunta, segundo divulgado pela agência Reuters.

Ministros dos quatro países disseram ainda que o Hamas “não deve mais governar Gaza nem ser uma ameaça a Israel”. Na sequência, afirmaram que “apoiam o papel central da Autoridade Palestina e a implementação de sua agenda de reformas”.

Plano custaria US$ 53 bilhões e evitaria o deslocamento dos palestinos do território. Em reunião de cúpula no Cairo na última terça-feira, os líderes árabes também anunciaram a criação de um fundo para financiar a reconstrução de Gaza, devastada por bombardeios israelenses nos últimos 15 meses.

Proposta prevê ainda criação de comitê administrativo de “tecnocratas palestinos independentes e profissionais” encarregados da governança de Gaza após o fim da guerra. Conforme apurado pela Reuters, o comitê seria responsável pela supervisão da ajuda humanitária e pela administração dos assuntos de Gaza por um período temporário sob a supervisão da Autoridade Palestina.

Líderes árabes pediram apoio da comunidade internacional. “O próximo passo será transformar esse plano em um plano internacional, que precisará ser aprovado pela União Europeia e por parceiros internacionais como Japão, Rússia, China e outros”, afirmou à AFP o Ministro das Relações Exteriores egípcio, Badr Abdelatty.

Plano árabe foi rejeitado por Israel e pelos EUA. Ainda na última terça, Israel disse, em comunicado, que a proposta, aprovada na ocasião pela Liga Árabe, “não aborda as realidades” e criticou sua dependência da Autoridade Palestina e da agência da ONU para os refugiados palestinos. Já o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, disse que o plano “fica aquém das expectativas”, mas ponderou ser um “primeiro passo de boa fé dos egípcios”.

noticia por : UOL

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *