Especuladores e "analistas" enviaram coroa a Lula como "kids pretos" da vez

Sim, acreditem, há reaças chorosos pelos cantos porque Roberto Campos Neto — que, em dois anos, falou mais de uma vez como um adversário ideológico do governo em seminários aqui e alhures — disse ontem, na coletiva, ao lado de Gabriel Galipolo, que o Brasil dispõe de reservas e que elas serão usadas, se necessário, para conter o crime… Ops! Ele não apelou à linguagem penal. Parou no “se necessário”.

O que vai acontecer nesta sexta? O pacote foi aprovado, mesmo “desidratado”, e o BC já anunciou mais dois certames, de US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões, para hoje, totalizando, até agora, em dezembro, uma intervenção de US$ 27,760 bilhões. Supera o recorde de março de 2020, durante a Covid: US$ 23,345 bilhões. O vírus da indecência e da impostura também provoca estragos.

A PEDRA NO MEIO DO CAMINHO
Ainda ontem, com o Congresso “desidratando” — para empregar o vergo que se tornou corriqueiro — o pacote de corte de gasto de Haddad, havia quem babasse no teclado: “Tudo inútil. O governo não faz o necessário porque Lula não deixa”.

Apelo ao velho clichê: as pessoas têm direito às próprias opiniões, mas não aos próprios fatos”. Em matéria de gastos públicos e de Orçamento, nada se opera sem a vontade do Congresso, que obviamente se negou a fazer consigo mesmo o que a direita, em seus discursos inflamados, vive recomendando que o governo faça: cortar na própria carne. A proposta original previa o bloqueio, se necessário, de modestos 15% do total das emendas parlamentares, que é de R$ 50,5 bilhões. Como ficou? A restrição, se preciso, incidirá apenas sobre as emendas não impositivas (as de comissão), que somam R$ 11,5 bilhões. Assim, em caso de aperto, os gloriosos parlamentares não contribuirão com já ridículos R$ 7,575 bilhões dos escandalosos R$ 50,5 bilhões de que dispõem, mas com R$ 1,725 bilhão apenas.

De resto, como ficou evidente, o governo foi alvo da chantagem descarada. Ou “pagava” as emendas ou nada feito. Mas Lula segue sendo a pedra no meio do caminho.

ENCERRO
Por alguns dias, com parte considerável da imprensa achincalhando Lula, “uzmecáduz”, que “somos noses”, sonharam em fazer o que Jair Bolsonaro e os “kids pretos” não conseguiram: depor o presidente. E não pensem que haverá moleza daqui até 2026, que começou na quarta passada.

noticia por : UOL

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