No seu segundo mandato como presidente da República, Lula entregou ao ladrão débil mental a BR Distribuidora, antiga subsidiária da Petrobas. Essa foi a segunda grande clemência concedida a Collor. Deu no que está dando. Iniciado sob Lula em 2010, o assalto de R$ 20 milhões virou escândalo em 2014, sob Dilma.
Collor foi denunciado em 2015 no âmbito da Lava Jato. Hoje, o mesmo Supremo que sacramentou a parcialidade do juízo de Curitiba ao anular a sentença que levou Lula à cadeia confirma que a suspeição de Sergio Moro não apagou a corrupção. O azar de Collor foi o foro privilegiado. Para livrar Collor da cadeia, o Supremo precisaria agora desfazer a si mesmo.
Por uma artimanha do destino, Collor chega à prisão num instante em que fervilha na Câmara o debate sobre a anistia para o golpismo. A interrupção tardia da impunidade concedida a um larápio de mostruário revela o tamanho do fantasma que se esconde embaixo desse lençol. Melhor trocar o cinismo pelo bordão “sem anistia”.
noticia por : UOL