A vida após o impensável: o recomeço dos sobreviventes do Holocausto em Israel

Expulso de casa quando tinha 11 anos, em 1937, Wassertheil sobreviveu a uma série de campos fingindo ser mais velho, antes de ser libertado de Allach, um subcampo de Dachau, na Alemanha, em 1945.

Diferentemente de seu amigo Dan Hadani, que conheceu em um campo de refugiados na Itália antes de eles se juntarem à Marinha de Israel, ele havia decidido não falar publicamente sobre o que aconteceu.

“Com a idade, percebi que você tem que falar. Nos campos, eu pensava apenas em uma coisa: comer e achar alguma coisa para comer”, descreveu, acrescentando que o mais importante foi ter contado a história de sua família para seus filhos.

Wassertheil também levou suas filhas com regularidade a Chrzanow, no sul da Polônia, de onde veio sua família. Dois anos atrás, a cidade abriu um parque em memória de sua população judaica perdida, que ganhou o nome da mãe do sobrevivente, Esther.

Para Wassertheil, o parque se tornou o túmulo que ela nunca teve. Ele não sabe quando ela foi morta em Auschwitz. Por um momento, a emoção toma conta do sobrevivente.

Apesar de ter perdido toda a família e de morar em uma parte do norte de Israel que está na linha de fogo do Hezbollah, Wassertheil insiste em que está em paz. “Minha vida chegará ao fim em breve. Não posso fazer nada para mudar as coisas, mas meus filhos têm boa saúde. Eles estão bem sem mim, e eu consigo me virar sem eles. Por isso, estou otimista.”

noticia por : UOL

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