“Eu estava apavorada, então concordei, sem saber o que a palavra significava”, disse ela à AFP. Seu parceiro na época, com quem ela sobrevivia em condições muito precárias, a deixou.
Segundo ela, em sua cultura, “considera-se que uma mulher estéril não serve para nada”.
Desde então, Anna conta que tem sido difícil encontrar um parceiro novamente. Atualmente desempregada, ela ainda aguarda sua indenização, que quer passar para seus filhos e netos.
Elena Gorolova, que se tornou porta-voz da causa, teve seu útero removido após o nascimento de seu segundo filho, quando tinha apenas 21 anos. “Assine ou você morrerá”, pediu-lhe uma enfermeira, mostrando a ela um documento de consentimento cujo conteúdo ela “desconhecia totalmente”.
A mulher de 56 anos, que se tornou porta-voz da causa, lamenta a lentidão com que os pedidos de indenização são processados.
Segundo ela, o governo rejeitou solicitações com base em históricos médicos que são automaticamente destruídos após 40 anos. Além disso, as mulheres também têm seus testemunhos “ignorados”.
noticia por : UOL