Antes de sua morte, em 1958, foi convencido a passar por um método “de ponta” para o embalsamento. O oftalmologista Riccardo Galeazzi-Lisi, chefe da equipe médica do Vaticano, disse ter replicado uma técnica eficiente, utilizada até por figuras importantes, como Carlos Magno, rei dos Francos, além dos primeiros cristãos da história.
Ao The New York Times, na época, o médico descreveu o processo como “osmose aromática”. “O método consistiu essencialmente em borrifar sobre o corpo e as roupas do papa resinas, óleos e outros compostos químicos. Nenhuma injeção foi usada, e um lençol de celofane foi colocado e deixado sobre o corpo por vinte horas.”
O corpo explodiu. E não foi no sentido figurado. Os fiéis e todos que acompanhavam o funeral ouviram um forte barulho que vinha do caixão onde o pontífice estava. Seu corpo explodiu por conta dos gases formados no processo de putrefação, que podem ser evitados com uma tanatopraxia bem feita. Historiadores contam que, neste momento, os carregadores do caixão e quem estava mais próximo desmaiaram.
Mesmo sem nariz, a igreja decidiu mesmo assim seguir com o funeral de Pio 12. Além dos fortes odores, a explosão fez inchar os olhos. Também houve o escurecimento da pele e a desconfiguração da face. Uma máscara de cera foi improvisada para cobrir os olhos fundos e o nariz descolado, e, assim, continuar o velório. A boca também se esticou, formando um sorriso descrito como assustador.

Medidas emergenciais foram tomadas. Antes mesmo de chegar a São Pedro, uma parada na Arquibasílica de São João de Latrão foi necessária para colocar cobrir o corpo do papa no caixão e, assim, continuar o percurso até o Vaticano, já que até os guardas e até carregadores desmaiavam pelo forte cheiro.
noticia por : UOL