COP16: na última hora, países aprovam acordo bilionário para financiar preservação da biodiversidade

“O aplauso é para todos vocês. Fizeram um grande trabalho”, declarou a presidente da COP16, a ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhamad. “Demos braços, pernas e músculos ao acordo Kunming-Montreal”, reiterou, referindo-se ao texto adotado em 2022 no Canadá, na conferência anterior.

O objetivo é mobilizar mais dinheiro para proteger 30% da terra e dos mares, restaurar ecossistemas e reduzir o uso de pesticidas. No roteiro de cinco anos, os países participantes da COP16 preveem melhorar os instrumentos financeiros e decidir se devem ou não criar um novo fundo no futuro. Também foram adotadas regras e indicadores fiáveis que devem medir e verificar os esforços na COP17, na Armênia, no próximo ano.

“Queríamos garantias de que, durante o processo, correríamos uma maratona, mas não em uma esteira de corrida. Há uma linha de chegada e isso é o que todos os países em desenvolvimento querem”, avaliou a chefe da delegação brasileira, Maria Angélica Ikeda, em entrevista à RFI

O compromisso, obtido através de uma árdua luta na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), representa também um alívio à cooperação internacional em matéria de meio ambiente. Os últimos anos foram marcados pela estagnação das negociações sobre a poluição plástica, pelo fracasso das negociações sobre a desertificação e pelas tensões sobre o financiamento climático entre as nações ricas e em desenvolvimento.

O ministro norueguês do Meio Ambiente, Andreas Bjelland Eriksen, enxerga o acordo como uma boa notícia para o mutilateralismo ambiental. “É um ótimo final para o resto do ano, para as negociações sobre a poluição plástica e sobre o clima”, diz.

noticia por : UOL

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