Aras e a ex-vice-procuradora Lindôra Araújo encontravam com Bolsonaro “rotineiramente”, segundo Cid. O tenente-coronel disse que não participava das reuniões e não sabe o que era discutido. “O presidente recebia no alvorada essas autoridades. Não consigo dizer a periodicidade, mas ele recebia uma vez por mês. Não eram encontros periódicos, não. Eles iam lá como outras autoridades”.
O UOL entrou em contato com Augusto Aras, mas não teve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
Se encontrar com o presidente, por si só, não é proibido, mas Bolsonaro era investigado na época. “O Ministério Público não pode conversar com partes investigadas, a não ser que o faça mediante intimação e formalização nos autos, para uma oitiva ou negociação de colaboração premiada”, explica Helena Lobo Costa, professora de Direito Penal na USP. “Reuniões privadas destinadas a discutir inquéritos ou processos não são permitidas, especialmente considerando que Bolsonaro já era investigado.”
À frente da PGR, Aras arquivou centenas de inquéritos contra Bolsonaro. Ele engavetou pedidos de investigação sobre a postura do ex-presidente na pandemia de covid-19, uso indevido da máquina pública e ataques ao sistema eleitoral.
Defesa de Bolsonaro
Advogado diz que vai pedir a anulação da delação de Mauro Cid. Em entrevista à GloboNews, questionado pela jornalista Andreia Sadi se iria pedir a anulação da delação, Celso Vilardi disse: “Evidentemente que sim”.
noticia por : UOL